As crianças que são particularmente vulneráveis e que podem ter ainda um maior espetro de necessidades e envolvimento no processo educacional, são as crianças que são vítimas de maus tratos*. A educação pode agir como um fator de proteção destas crianças. Alguns factos:
*Maus tratos é aqui utilizado como um termo “abrangente” que inclui todas as formas de abuso, violência e negligência, vítimas de pobreza e crianças de qualquer forma privadas dos seus direitos básicos.
Características que podem ser vistas como fatores de riscos do abandono escolar para crianças maltratadas:
a) crianças que têm menos de 4 anos ou adolescentes, b) crianças indesejadas ou crianças incapazes de cumprir as expectativas dos pais, c) crianças com necessidades especiais, problemas intelectuais ou doenças neurológicas, d) crianças pertencentes à comunidade LGBTQ
a) dificuldade de união com os recém-nascidos, b) não fornecer carinho às crianças, c) terem sido maltratados quando eram crianças, d) não terem conhecimento sobre o desenvolvimento da criança ou terem expectativas irrealistas, e) uso de álcool ou drogas, incluindo durante a gravidez, e) baixa autoestima, f) sofrer de mau controlo dos impulsos, g) ter uma doença mental ou neurológica, h) estar envolvido em atividade criminal, i) experienciar dificuldades financeiras.
Factos:
*As estatísticas mostram que, em 2017, mais de 1,5 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza específica no Reino Unido, incluindo mais de um terço de um milhão de crianças (JRF, 2020), e 7,8% da população vivia em pobreza persistente. O aumento do custo de vida, os baixos salários e as pensões de segurança social inadequadas estão a resultar num número crescente de famílias que vivem no limiar da pobreza (Children’s Society, 2020a). O CPAG (2019) prevê que 5,2 milhões de crianças vivam em situação de pobreza no Reino Unido até 2022. A atual crise do COVID-19 pode empurrar as famílias desfavorecidas para a pobreza se os pais perderem o emprego e diminuírem os seus rendimentos em resultado da pandemia (Children’s Society, 2020b). Uma tendência semelhante pode ser registada em toda a UE. Em 2020, 24,2 % das crianças (com menos de 18 anos) na UE estavam em risco de pobreza ou exclusão social, em comparação com 21,7% dos adultos em idade activa (18-64 anos) e 20,4% dos idosos (65 anos ou mais). As crianças eram o grupo etário com as taxas mais elevadas de risco de pobreza ou exclusão social em 13 dos 27 Estados-Membros da UE.
Dado que a pobreza infantil está a atingir taxas alarmantes em todo o mundo, é cada vez mais urgente identificar as dificuldades que um aluno enfrenta quando vive em situação de pobreza a nível emocional, física e social, como o estigma, a vergonha e o sentimento de inferioridade. Esta atividade foi concebida para colocar os participantes no lugar desse aluno e criar ambientes mais inclusivos e empáticos na escola.
90 minutos
#pobreza, #igualdade, #ignidade
Introdução/Quebra de gelo: (10min)
Diga o seu nome e a conotação que faz quando ouve a palavra “pobreza”.
Enriquecimento do conhecimento: (40min)
Solução/Resolução proposta (40min)
Resiliência e Inclusão (30 min)
Debriefing/ avaliação: (10 min)
Avalie e comente os resultados da atividade.